
Carla e Thiago
Antes de sermos "nós", fomos dois corações inquietos, navegando por mares desconhecidos, buscando algo que não sabíamos nomear. Dois rios que corriam paralelos, sem jamais se tocarem, até que, guiados pela vontade de Deus e pelo sopro do destino, se tornaram um só oceano.
Nossa História
Antes de sermos "nós", fomos dois corações inquietos, navegando por mares desconhecidos, buscando algo que não sabíamos nomear. Dois rios que corriam paralelos, sem jamais se tocarem, até que, guiados pela vontade de Deus e pelo sopro do destino, se tornaram um só oceano.
Eu, Thiago, sonhava com uma mulher que fosse minha paz, minha poesia, meu aconchego vestido de doçura. Alguém que não apenas caminhasse ao meu lado, mas que dividisse a alma comigo, alguém que Deus tivesse preparado para ser minha esposa. Embora que no passado tive outros relacionamentos porém nunca antes havia me casado no civil ou no religioso, pois sempre soube que esse passo só daria diante de Deus, com a mulher que Ele escolhesse para mim.
Carla sonhava com um amor que fosse entrega e reciprocidade, um amor que fluísse como a brisa, suave e constante, mas que, ao mesmo tempo, incendiasse a alma. Como eu, ela nunca havia se casado, pois sabia que o casamento é uma aliança divina e que deveria ser vivida em sua plenitude, com um companheiro que a compreendesse, respeitasse e a amasse de maneira incondicional.
A vida nos esculpiu em caminhos distintos. Carla, empresária no ramo da alta gastronomia, cresceu sob o legado de seu pai, Giancarlo Bolla, um mestre da gastronomia que a ensinou que o amor está nos detalhes, na paixão com que se tempera a vida. Eu, guiado pelos valores de meus pais e pela ternura infinita de Mimia, como empresário no ramo imobiliário, aprendi que a grandeza está em construir e proteger. Nossos mundos eram vastos e bem traçados, mas vazios um sem o outro.
E então, o improvável aconteceu. Um papagaio, um olhar, uma chama. Vi uma foto de Carla e o tempo pareceu suspender-se. "Ela era uma pintura viva, a suavidade desenhada em gestos, um soneto de olhos brilhantes." Era mais do que beleza, era magnetismo, era alma. Carla postou uma foto com seu papagaio e, em um desses mistérios que apenas Deus e o destino entendem, eu também tinha um. Era o fio dourado da providência divina, costurando nossa história e a desculpa perfeita para puxar uma conversa.
Mas Carla, com sua elegância e mistério, não se deixou levar de imediato. Eu quase acreditei que não aconteceria, mas Deus, o maior poeta de todos, nos reservava outro verso. Em abril de 2024, ela aceitou um drink no Hotel Tangará. Dias depois, um jantar no Rosewood. Dois encontros. Dois mundos que se encaixavam como se sempre tivessem pertencido um ao outro.
O olhar demorava-se, como se a realidade não fosse urgente. O riso vinha fácil, como uma música tocada há anos em nossa alma. Descobrimos que amamos o silêncio, que nos perdemos em longas conversas e que nossa sintonia era uma melodia antiga, finalmente encontrada. Mas foi nos desafios que o amor se revelou inteiro.
Passamos por tempestades, e ao invés de nos perdermos, nos seguramos com mais força. "Nos momentos mais difíceis, eu soube que Carla era o meu lar", eu disse, e ela sorriu, pois sentia o mesmo. Nosso amor crescia como uma raiz que se entrelaça na terra, firme, inquebrantável.
E então veio o evento Legendários. Três dias sem se falar. "Parecia que haviam arrancado um pedaço de mim", disse Carla. "Uma saudade que me atravessava, uma sede insaciável de vê-lo, de saber se estava bem. Ele passava fome, frio, chuva... e tudo o que eu queria era estar lá, protegendo-o com minhas próprias mãos."
E eu, perdido entre montanhas e ventos gelados, encontrava seus bilhetes escondidos entre minhas roupas, em minha Bíblia, entre as dobras de minha alma. Palavras que me aqueciam mais do que qualquer chama. "No terceiro dia, o desespero de vê-la era insuportável. Quando retornei e a vi me esperando, soube que nunca mais queria estar longe. Carla é meu aconchego, minha prece atendida, um presente que Deus me deu."
E soubemos, naquele instante, que era diante de Deus que casaremos em São Paulo, no dia 11 de abril de 2025. Quando a noite cair suavemente sobre o La Tambouille, daremos um passo que sela nossa história, no mesmo lugar onde tantos capítulos foram escritos.
E então, como um fio invisível costurando o passado ao futuro, João Pinheiro nos chamou de volta. No dia 28 de junho de 2025, ali onde minha infância se eternizou, onde meus primeiros passos foram guiados pela fé, diremos ‘sim’ mais uma vez. A mesma igreja onde fui batizado sem saber, sem imaginar que esse detalhe, escondido no tempo, era a peça que faltava para realizar o sonho de Carla: casar-se diante do altar da Igreja Católica. Procurávamos uma resposta, e Deus, em Sua perfeição, já havia escrito tudo. Dois casamentos, um só destino
Carla é doadora, sempre foi. Sempre entregou tudo de si sem esperar retribuição. E encontrou em mim o mesmo. "Thiago me ensina a ser melhor todos os dias. Ele me faz acreditar que o amor é troca verdadeira, que a entrega vale a pena. Ele é o grande amor da minha vida."
Agora compartilhamos um nome, uma história, um tempo. Carla Bolla Castilho e Thiago Gonzaga de Sant’Anna Bolla Castilho. Somos um. E de agora em diante, será tudo por nós, para nossa família, para nossos filhos. Camilla, Thiaguinho e Gianluca, uma escadinha perfeita de seis anos entre cada um, como se Deus tivesse alinhado tudo para que nossa família se formasse antes mesmo de nos encontrarmos.
Nossa Fé, Nossa União
Deus é nossa base, a rocha sobre a qual construímos nossa união. Carla, católica. Eu, presbiteriano. Duas tradições, duas formas de expressar a fé, mas um só propósito: viver sob a graça e o amor de Deus. Nossas diferenças não nos afastam, ao contrário, nos unem, pois compreendemos que o essencial não está nas denominações, mas na presença de Deus em nossas vidas. Por isso, decidimos caminhar juntos, frequentando tanto a igreja de Carla quanto a minha, pois, acima de tudo, o que nos fortalece é a fé que compartilhamos e a certeza de que Deus é o centro de nossa história.
Nossos Pais, Nossas Raízes
Nossos pais são nossa herança viva. Giancarlo Bolla, para Carla, é a ausência que nunca deixa de estar presente. Seu exemplo, sua força, seu olhar cuidadoso seguem moldando sua caminhada. Sua mãe, Nelly Bolla, é o laço de ternura que a ampara. Claudia, sua irmã, sua amiga, sua cumplicidade desde sempre.
Já eu, Thiago, tenho o privilégio de ter meus pais ao meu lado, caminhando comigo até o altar. Minha mãe, Vanea Gonzaga Castilho, foi e sempre será meu alicerce, meu porto seguro, minha inspiração. Uma mulher grandiosa, que lutou incansavelmente, entregando sua vida, seu suor e seu amor por mim e por minha irmã. Meu pai, Wagner Castilho, foi meu herói, meu guerreiro, meu professor de vida. Foi ele quem mais plantou Deus em meu coração, e por isso, agradeço todos os dias por tê-lo comigo neste momento tão especial.
Mas há alguém cuja presença física me falta, mas cuja essência jamais se apagará. Mimia, que foi como uma mãe para mim, não estará no altar, mas sei, com toda a certeza do meu coração, que ela estará aqui. Através de Deus, de Jesus e do Espírito Santo, sei que ela me observa, me abençoa e faz parte deste dia de forma invisível, mas imensamente presente.
Minha irmã, Danielle Sant’Anna, é meu dengo, minha testemunha de vida. Sou grato a Deus por ter me dado uma irmã que me ama tanto, e a quem amo igualmente. Nossa conexão vai além do sangue—é uma escolha diária de presença, carinho e cuidado mútuo. Dani foi minha guardiã, minha conselheira, minha confidente. E eu a amo imensamente.
E assim, entre encontros e silêncios, entre esperas e reencontros, nossa história foi escrita. Não pelo acaso, não pelo destino, mas pelas mãos de Deus, que em Sua infinita sabedoria entrelaçou nossos caminhos e preparou um para o outro.
Carla, minha poesia vestida de doçura. A mulher que faz do mundo um lugar mais bonito, que tempera os dias com encanto e que, com um simples olhar, dissolve qualquer tempestade. A mulher que esperei sem saber, que reconheci antes mesmo de entender, e que agora é minha promessa cumprida.
Thiago, minha fortaleza e minha paz. O homem que segura minha mão com a firmeza de quem nunca solta, que me ensina a confiar, que me ensina a ser melhor todos os dias. O homem que Deus preparou para mim, que me ampara nos dias difíceis e que me faz sorrir com os olhos todos os dias.
Nosso amor não é feito de perfeição, mas de entrega. Não é feito apenas de sonhos, mas de fé. Porque sabemos que amar não é só sentir, mas escolher. E nós escolhemos, todos os dias, um ao outro. Escolhemos construir, caminhar, dividir. Escolhemos ser lar, ser abrigo, ser esperança.
E agora, diante de Deus e de todos que amamos, prometemos.
Prometemos ser sempre dois, mas um só.
Prometemos sermos abrigo quando houver frio e farol quando houver escuridão.
Prometemos transformar cada dia em poesia e cada obstáculo em aprendizado.
Prometemos nos amar na alegria e na dor, no riso e nas lágrimas, na calmaria e na tormenta.
Prometemos nunca soltar as mãos, porque Deus nos uniu, e o que Ele une, nada pode separar.
E que nossa história, escrita pelo Criador, siga sendo um livro de páginas repletas de amor, cumplicidade e fé. Porque não há promessa mais bonita do que essa: caminhar juntos, para sempre.